segunda-feira, 5 de abril de 2010

CULTUANDO MEMORIAS



Se pretendemos cultuar a memória de familiares queridos, transferidos para a outra Vida, elejamos o local ideal:
nossa casa.
Usemos muitas flores para enfeitar a Vida, no aconchego do lar; nunca para exaltar a morte, na frieza do cemitério.
Eles preferirão, invariavelmente, receber nossa mensagem de carinho, pelo
correio da saudade, sem selagem fúnebre.
É bom sentir saudade.
Significa que há amor em nossos corações, o sentimento supremo que empresta significado e objetivo à existência.
Quando amamos de verdade, com aquele afeto puro e despojado, que tem nas mães o exemplo maior, sentimo-nos fortes e resolutos, dispostos a enfrentar o Mundo.
E talvez Deus tenha inventado a ilusão da morte para que superemos a
tendência milenar de aprisionar o amor em círculos fechados de egoísmo
familiar, ensinando-nos a cultivá-lo em plenitude, no esforço da
fraternidade, do trabalho em favor do semelhante, que nos conduz às
realizações mais nobres.
Não permitamos, assim, que a saudade se converta em motivo de angústia e opressão.
Usemos os filtros da confiança e da fé, dulcificando-a com a compreensão de que as ligações afetivas não se encerram na sepultura.
O amor, essência da Vida, estende-se, indestrutível, às moradas do infinito,
ponte sublime que sustenta, indelével, a comunhão entre a Terra e o Céu.
Há, pois, dois motivos para não cultivarmos tristeza:
Sentimos saudade - não estamos mortos...
Nossos amados não estão mortos - sentem saudade.
E se formos capazes de orar, contritos e serenos, nesses momentos de
evocação, orvalhando as flores da saudade com a bênção da esperança,
sentiremos a presença deles entre nós, envolvendo suavemente nossos corações com cariciosos perfumes de alegria e paz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amada, fui amada e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida... E você também não deveria passar! Viva!!! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante, e o mais importante, não me arrependo de nada que fiz, por mim, ou por alguem. Assim sou EU